Primeiros Passos

Como fazer um plano financeiro simples e eficiente

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Veja como fazer um plano financeiro simples e eficiente que você mesmo pode montar para sua empresa. Esse plano funciona bem tanto para quem está começando quanto para quem já está tocando o seu negócio.

Este artigo faz parte de uma série chamada “Como Começar um Negócio”. Aqui te ajudamos a criar todo o planejamento necessário para você começar o seu próprio negócio. Ou até mesmo para aprimorar a gestão do seu negócio que já está em andamento. O primeiro artigo dessa série fala do plano de negócios (leia aqui) e o segundo fala sobre o plano de marketing (leia aqui). Mas, se você preferir você pode assistir abaixo ao vídeo onde explicamos tudo sobre como fazer o seu plano financeiro. Além disso, não esqueça de ver, no final deste artigo, o material extra que fizemos para te ajudar neste processo.

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Plano Financeiro:

Nesse artigo aqui você vai entender todo o passo a passo para criar um planejamento financeiro para sua empresa. Nossa ideia aqui é ajudar o pequeno empreendedor a criar seu planejamento sozinho, e por isso evitaremos jargões e termos muito complicados. Então, se você é um especialista no assunto, entenda que aqui nosso objetivo é tornar a informação acessível para todos, ok?

Para você empreendedor, sabemos que fazer um plano financeiro do zero pode parecer um pouco intimidador. Mas, para te dar uma força criamos um modelo em formato de planilha, que você pode baixar gratuitamente no final deste artigo.

Quando você está tocando seu negócio, o financeiro é uma das questões mais importantes. Para ser sincera, para ter sucesso em seu empreendimento é fundamental conhecer muito bem os números do seu negócio. Outra coisa que preciso frisar é que não adianta criar o plano financeiro agora e largar ele de lado depois. Faça o seu planejamento com cuidado, coloque todos os custos na ponta do lápis e vá preenchendo a sua planilha.

1º Passo: Calcular Investimento Inicial

É comum empreendedores se animarem e acabarem projetando custos menores do que a realidade, ou deixarem algumas coisas de lado, pois são baratinhas. Mas, a realidade é que é melhor se preparar para gastar mais e acabar economizando. Do que se preparar para pagar menos e acabar sendo pego de calças curtas no meio do caminho, não é mesmo?

A primeira parte do seu planejamento é calcular o investimento inicial para colocar o seu negócio para girar. Esse valor representa o montante em dinheiro que você precisa ter para começar a operar. Além do montante necessário para se manter no mercado até que sua empresa consiga se sustentar sozinha. Para fazer esse cálculo, temos que levar em consideração três fatores: Investimento Fixo, Investimento Pré-operacional e Capital de Giro.

Investimento Fixo:

Assustou? Calma que é mais simples do que parece! Quando falamos em Investimento Fixo devemos somar aqui todos os bens que seu negócio vai precisar para começar a funcionar. Alguns exemplos são: móveis, veículos e máquinas. Confira todos esses valores com cuidado e não esqueça de incluir nada (nem o que você acha baratinho).

Investimento Pré-Operacional:

Agora o Investimento Pré-Operacional é bem parecido com o Investimento Fixo, mas o que entra aqui não se classifica como bens. São os custos de abertura da empresa, taxas, gastos com cartório, treinamentos e coisas desse tipo, que devem ser incluídos aqui.

Capital de Giro:

O terceiro fator para calcular seu investimento inicial é o Capital de Giro. Esse montante deve estar disponível em conta corrente. Deve também ser o suficiente para cobrir as despesas até que sua empresa receba de seus clientes e consiga se sustentar sozinha. Nessa conta vamos incluir seu estoque e o caixa mínimo. Se você ainda não está com sua empresa operando, pode parecer mais difícil calcular essa parte. Mas, fique tranquilo que a segunda parte do planejamento vai nos ajudar com isso.

2º Passo: Planejamento com base no fluxo de caixa

E a segunda parte do plano é criar um planejamento financeiro com base no fluxo de caixa. Se você estiver usando a planilha que deixamos gratuitamente aqui no final deste post, você encontrará essa parte na segunda aba do arquivo. E embora essa parte tenha esse nome todo pomposo, é mais simples do que parece.

Quando falamos do planejamento com base no seu fluxo de caixa, significa que vamos montar o planejamento com base nos pagamentos e nos recebimentos da empresa. Mais ou menos como se fosse uma conta corrente de um banco, portanto nosso foco aqui é o dinheiro no caixa da sua empresa.

Por isso o que conta para a gente é quando o dinheiro efetivamente entrou ou saiu do seu caixa. Para ficar mais fácil de você entender: digamos que você vendeu algo dia 10 de agosto e deu 30 dias para o cliente te pagar. Então você irá receber o pagamento somente dia 10 de setembro. Para nosso planejamento vamos considerar o dia que o dinheiro vai entrar na conta, no caso Setembro. Se você vendeu parcelado em 3 vezes, vamos projetar a receita em 3 partes, para setembro, outubro e novembro. O mesmo vale para suas despesas. Sempre pense na data em que o dinheiro entra ou sai do seu caixa.

Como fazer o segundo passo do seu plano financeiro:

Nessa parte do planejamento vamos incluir todas as despesas e as receitas esperadas para os próximos doze meses. Nunca é demais frisar que é muito importante ser realista nesses números. Se você colocar números de receita otimistas demais com despesas pequenas demais, vai ter a impressão que precisa de menos dinheiro do que a realidade. E muito provavelmente ficará sem dinheiro no meio do caminho.

Para começar devemos calcular quais serão as receitas da companhia. Receita é aquilo que traz dinheiro para dentro da empresa. Aqui você pode incluir as receitas de:

  • Vendas de serviços;
  • Vendas de produtos;
  • Juros de aplicações financeiras;
  • E outras receitas que sua empresa poderá vir a ter.

Lembre-se de colocar as receitas considerando a data em que elas devem entrar no seu caixa. Portanto não se esqueça: se você dá prazo ou faz parcelamento para seus clientes, você deve levar isso em conta aqui na planilha.

Na sequência, você deve preencher a parte de despesas do seu planejamento. Vamos considerar como despesa tudo o que tira dinheiro do caixa. E aqui vale a mesma regra, pense em quando você vai pagar de fato, quando o dinheiro sai do caixa. Se seus fornecedores te oferecem prazo, não interessa quando você recebeu o item, mas sim quando pagou por ele.

3º Passo: Resultados

Assim que você preencher as receitas e despesas você irá notar que a terceira seção, chamada de resultados, vai aparecer preenchida automaticamente. Ali você vai poder enxergar no mês a mês qual o resultado esperado de sua empresa. Um número positivo indica dinheiro sobrando em caixa, um número negativo indica dinheiro faltando em caixa.

Esse número do resultado, não indica necessariamente lucro ou prejuízo, mas sim a necessidade de capital da sua empresa. Se você vende muito a prazo ou com parcelamentos muito longos, os números podem estar negativos, mas ainda assim sua empresa ser lucrativa. Como estamos olhando para quando o dinheiro entra e sai do caixa, suas receitas estão no futuro (prazo que você deu) e suas despesas estão no presente. Por isso, temos um descompasso entre a data de pagamento e a data de recebimento. E portanto, você vai precisar ter capital de giro disponível para sustentar sua operação por esse tempo.

Por via de regra, quanto mais longo o prazo que você oferece para seus clientes, maior será a sua necessidade de capital de giro. Se você não tiver esse capital disponível no caixa, pode ter que recorrer a bancos e pagar juros. Para evitar isso é importante calcular certinho o quanto sua empresa precisa manter em caixa.

Ao preencher essas duas abas da planilha você vai ter uma boa noção de qual é o investimento inicial necessário para seu negócio. E terá também uma projeção de receitas e despesas nos próximos 12 meses. Você pode usar essa planilha como base para ir acompanhando o financeiro do seu negócio no dia a dia.

Usando sua planilha no futuro:

Toda vez que surgir uma oportunidade de vendas ou investimento interessante, você consegue colocar isso na planilha. Assim, você terá uma noção real do impacto que essa oportunidade vai ter no seu caixa. E poderá decidir, com base em números, se é um bom momento para isto ou não.

É sempre bom estudar os números, pois até mesmo uma venda muito grande pode colocar seu caixa em risco. Vamos te dar um exemplo. Imagine que você vai fechar uma venda enorme. Porém, depende de primeiro pagar seus fornecedores para depois receber do seu cliente em um prazo longo. Neste período sua empresa pode ficar sem caixa para honrar suas obrigações até receber a prazo do cliente. Pois, consumiu todo o caixa que tinha comprando o estoque necessário para fechar essa venda. Por isso é importante sempre visitar esse planejamento de fluxo de caixa antes de fechar negócios importantes.

Outra coisa que é bom falarmos é que estamos ensinando a fazer o planejamento pelo fluxo de caixa por ser mais simples para fazer sem ajuda de especialistas. E por ser melhor para demonstrar o quanto de capital sua empresa vai precisar no dia a dia e como anda sua saúde financeira.

Regime de competência:

Existe uma outra modalidade que é o regime de competência. Essa modalidade é mais complexa e completa. Além disso, te permite visualizar melhor se sua empresa dá lucro ou prejuízo. Alguns relatórios importantes para sua empresa como o balanço e o DRE (Demonstrativo de Resultados de Exercício) serão calculados pelo seu contador com base no regime de competência.

Trabalhar com o fluxo de caixa, é mais prático no dia a dia. Porém, mais para frente é importante que você marque uma conversa com o seu contador. E que você entenda como interpretar os dados do DRE e do Balanço da sua empresa, combinado?

Veja abaixo o material extra que preparamos para você e boa sorte no seu plano!

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Giuliana Pimenta

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