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Coronavírus e as primeiras medidas de auxílio para as empresas

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Em tempos de pandemia de coronavírus uma das preocupações dos empreendedores é o impacto que as medidas de contenção adotadas por governos ao redor de todo o mundo terão nos caixas das empresas e quais medidas de auxílio serão disponibilizadas para ajudá-los.

O primeiro ponto importante neste sentido é entender o que estamos enfrentando em termos econômicos. Não se trata de uma crise estrutural, ou seja, gerada por algum problema de origem econômica de fato, como a baixa qualidade dos títulos de hipoteca no mercado americano, que ocasionou a crise do subprime em 2008.

O que vivemos hoje é, na verdade, uma crise que tem origem no pânico causado pelo COVID19, o novo coronavírus, na população em geral, que tem levado governos ao redor do mundo a adotar medidas duras para tentar conter a transmissão da doença e proteger os sistemas de saúde dos países, o que é primordial nesse momento.

Essas medidas têm um impacto bastante relevante em diversas áreas da economia. Desde companhias aéreas, hotéis e turismo (com as restrições de voos entre países e cancelamento de viagens e eventos) até o impacto no mercado geral, como por exemplo, na Itália com as quarentenas impostas a nível nacional.

Impacto na bolsa de valores:

O índice VIX, popularmente conhecido como o índice do medo, está beirando os 60 pontos, tendo superado esta marca em alguns momentos essa semana. Quando esse índice atinge a marca dos 30 pontos considera-se que o mercado financeiro espera alta volatilidade nas ações. Portanto o medo pode ser considerado elevado, e isso ajuda a entender a montanha russa vivida pela Bovespa recentemente. Na Bolsa de Valores brasileira o impacto do coronavírus já foi fortíssimo, mas é importante dizer que ainda não houve efeitos reais na economia, uma vez que os impactos por enquanto foram sentidos no mercado financeiro.

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Primeiras medidas de auxílio para as empresas:

A maior preocupação do micro, pequeno e médio empresário é justamente a redução na demanda de produtos e serviços, o que pode ter consequência bastante significativa no caixa das empresas.

Para amenizar esse efeito, a Caixa Econômica Federal (CEF) lançou um adicional para capital de giro de R$ 50 bilhões. Micro, pequenas e médias empresas, de qualquer segmento, que sejam clientes do banco, poderão ter acesso a esse dinheiro, via crédito para capital de giro. A CEF disse ainda que dispõe de um excesso de caixa de mais de R$ 300 bilhões hoje. O que pode levar o banco a realizar outros adicionais, caso a procura por esta linha de crédito venha a ser grande.

No caso das grandes empresas, que não são o alvo da CEF nesse momento, os recursos dessa linha estarão disponíveis somente para aquelas que atuam no ramo imobiliário ou então de infraestrutura. Além disso, para o caso dos agricultores, a CEF também disponibilizou uma linha específica.

O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, informou que a instituição também vai disponibilizar linhas de capital de giro para micro e pequenas empresas. E que, durante a crise do coronavírus, irá atender normalmente a demanda de seus clientes por esse tipo de produto. No entanto, o executivo não informou qual o valor destinado para essas operações.

Até quando deve durar este impacto?

A expectativa é que o ápice da infecção pelo COVID19 venha a ocorrer no Brasil nas próximas semanas e, até o final do primeiro semestre, a situação deverá estar se normalizando, com o começo do segundo semestre já sendo de vida normal.

Portanto, a preocupação do empreendedor deve ser preparar seu caixa para superar esses 3 próximos meses, podendo projetar o retorno de seu faturamento normal para o início do segundo semestre.

Image by Gerd Altmann from Pixabay

Conclusão:

Ao fazer a opção por uma linha de financiamento, é importante comparar não somente as opções da CEF e Banco do Brasil (que são as instituições que mencionamos aqui porque divulgaram informações especificas sobre o COVID19) mas também dos outros bancos disponíveis no mercado. Compare também as condições oferecidas em cada instituição e veja qual oferece o menor Custo Efetivo Total (CET).

O mais importante é você, enquanto empreendedor, manter a calma, analisando as finanças de seu empreendimento com atenção, para que não tome atitudes mal pensadas. Faça os ajustes necessários, por enquanto considerando que o maior impacto será no curto prazo.

Você já sentiu o impacto da pandemia em seu negócio? Compartilhe conosco nos comentários o que pôde sentir até agora e quais medidas vem tomando para proteger seu empreendimento.

Quer saber um pouco mais sobre como o coronavírus está afetando a economia mundial? Leia nosso artigo sobre o assunto aqui.

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Esperamos que este artigo tenha sido esclarecedor para você. Estamos formando uma legião de empreendedores bem-sucedidos, vamos juntos?

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Afonso Pimenta

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