Neste artigo quero compartilhar com vocês algumas vivências que tenho tido com algumas pessoas. Quero escrever sobre ideias e entender para onde elas nos levam e como nos posicionamos diante disso. Sem dúvida uma importante reflexão que nos faz pensar, porque nem tudo sai como gostaríamos.
“A mente que se abre a uma nova ideia, jamais voltará ao seu tamanho original”.
Essa é umas das mais famosas frases de Albert Einstein. Ela fala sobre os resultados que as ideias podem trazer para a mente humana, quando nos permitimos viver esse momento de criatividade e de experiência.
Dar espaço para que esses momentos de ideias aconteçam é fundamental para nós empresários, empreendedores, gestores e líderes.
Há quanto tempo não temos reservado um tempo na nossa agenda, apenas para pensar sobre o nosso negócio e termos novas ideias sobre ele?
As ideias que assim surgem são incríveis e é por isso que vale a pena experienciar esse momento.
Isso mesmo, viva a experiência que esse momento de ter ideias trará a você, isso oxigena a nossa mente e nos faz entender algumas coisas sob outra ótica.
Uma ideia pode ser uma grande promessa. Ela é como aquela faísca que se ascende, muitas vezes pequena e fraca, mas que depois se torna uma bela fogueira em ação.
Todo negócio, seja ele já bem estruturado ou não, um dia foi apenas uma ideia.
Tenho conversado com algumas pessoas que tem tido excelentes ideias de negócios, de formatos de empreendimento, de inovação para seus processos. Algumas pessoas estão até mesmo ressignificando algumas ideias já tidas anteriormente.
O mais curioso nesses relatos de empresários e empreendedores é saber que enquanto alguns conseguiram avançar e ter êxito nessas inovações, outros não conseguiram sair do lugar.
De fato o tempo que estamos vivendo é desafiador, no entanto por mais difícil que esteja sendo, tem sido um grande caminho de possibilidades.
A crise que se instalou nos últimos meses, devido a pandemia, gerou em alguns a força da inovação. Surpreendentemente a pandemia gerou a união entre pessoas da empresa, reforçado pelo desejo absurdo de não sucumbir.
Existem empreendedores que se aproveitaram desse momento desafiador para criar um novo conceito de negócio. Alguns inclusive com a finalidade de ajudar outras pessoas que estão em dificuldade. Esses são os que têm alcançado prosperidade em seus negócios.
No entanto, para outros empresários e empreendedores, a pandemia causou um certo bloqueio, uma desmotivação. Em casos mais sérios deixou as pessoas em estado inerte, não conseguindo seguir com pequenas e nem grandes ideias.
Como já dito anteriormente, ter ideias é fundamental para uma progressão de atividade, pois é a partir de uma ideia que grandes coisas podem acontecer.
O que acontece, no entanto, é que apenas boas ideias não são garantia de sucesso!
As ideias nos inspiram, nos movem, elas nos fazem enxergar um mundo diferente, mais animado e até mesmo mais esperançoso.
As ideias criam em nós expectativas fantásticas e nos impulsionam a pensar.
Só que esse momento de ideia tem sua finitude e é importante que se tenha!
Eu tenho falado muito sobre isso em minhas palestras: “Temos que organizar a nossa agenda para permitir os momentos de ideias, de insights. É importante termos esses momentos, mas dentro de um período limitado. Senão corremos o risco de entrar em um processo de criação e ficar apenas nele”.
As ideias conduzem a gente até um outro caminho; elas nos levam para um outro momento de mais significação. É mais ou menos um lugar onde eu preciso entender a importância de pensar e agora de agir, de tomar atitudes.
Esse lugar à que as ideias nos levam, pode ser nomeado como o campo de ação. Nesse sentido, esse é um espaço de significação, um momento de validação e de estratégia.
Muitos gestores de equipes, líderes, empreendedores e empresários ao chegarem nesse campo de ação tem apenas duas escolhas: não fazer ou fazer.
Muitos não conseguem materializar essas ideias, pois eles têm dificuldade em tangibilizar aquilo que foi elaborado em um momento de inspiração e acabam se frustrando.
Apenas 33% das empresas desenvolvem projetos baseados em suas estratégias de negócios, aponta o professor de MBA da Fundação Getúlio Vargas, Carlos Magno da Silva Xavier.
Ou seja, quando chegamos nesse campo de ação precisamos executar. Esse é o momento de encontrar ferramentas, precisamos encontrar formas de agir e tirar do papel essas ideias que surgiram.
Por outro lado há outras pessoas têm mais facilidade de encontrar facilidade para deslanchar nesse momento de ação.
Conversando com esses dois perfis de pessoas, quero destacar um ponto de atenção para vocês que estão lendo esse artigo.
As pessoas que tem mais dificuldades de encontrar ação, geralmente estão sozinhas ou mal assessoradas em seus projetos de ideias.
Elas acabam sendo estimuladas por pessoas que pouco entendem sobre o mercado ou o que efetivamente está sendo desenvolvido.
Alguém, diante da sua ideia, apenas dizer que te apoia não é efetivo. Especialmente quando olhamos para as estratégias que teremos que executar e estamos diante de um mercado agressivo e muito competitivo.
No entanto, não significa que esse apoio não seja válido, não me leve a mal. Avalie que tipo de pessoas está te apoiando e qual é a base que você tem para seguir em frente.
Em contrapartida, as pessoas que tem conseguido evoluir para a ação e para passos mais estratégicos, não estão sozinhas e geralmente estão bem assessoradas.
Como resultado elas têm ao seus lados pessoas mais técnicas, mais experientes e mais criteriosas como base de apoio.
Uma dica muito importante para todos: quanto estiver diante de um processo criativo, compartilhe isso com pessoas que você confia.
Ainda mais importante é compartilhar com quem pode agregar estrategicamente, operacionalmente e até mesmo de forma crítica para esse momento.
Olhe para o lado, veja as pessoas que estão à sua volta, valide e revalide as suas conexões. Entenda que criar parcerias estratégicas é o que vai nos fazer ter sucesso!
Em outras palavras, não tem problema ficar sozinho de vez em quando. No entanto, será um problema estar desamparado, inerte e sem saber para onde seguir.
Em suma, grandes ideias morrem nesse estágio, pelo simples fato de não serem compartilhadas com outras pessoas que podem agregar para a construção de algo mais significativo.
Então lembre-se: competências são desenvolvidas e não temos todas as competências à flor da pele.
E está tudo bem quanto a isso, o que não podemos fazer é nos deixarmos paralisar e não buscarmos apoio, principalmente quando estamos em um momento de limitação.
E você, já teve uma grande ideia? O que aconteceu com ela?
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Kalil é palestrante, pedagogo, empresário e especialista em Propósito e Felicidade no Trabalho. Em sua coluna aqui no portal escreve sobre propósito, gestão de pessoas, recursos humanos e motivação.
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