No mundo do empreendedorismo são muitas as histórias de empreendedores e de produtos que foram um grande sucesso. Mas, por outro lado, existem produtos de marcas muito famosas que acabaram sendo um grande fracasso. Neste artigo vamos ver que os gigantes também erram. Conheça aqui alguns produtos de marcas famosas que deram errado!
No artigo de hoje vamos ver algumas histórias de produtos lançados por gigantes que acabaram sendo um verdadeiro fracasso.
Alguns exemplos parecem até meio absurdos, mas outros aparentavam ter bom potencial para ser um grande sucesso. A questão aqui é entendermos o que aconteceu para que esses produtos fracassassem.
Vamos começar com um segmento que a gente conhece muito bem que é alimentação.
Se for possível fazer uma conexão entre pasta de dente e comida congelada talvez seja o fato de que a gente coloca as duas coisas na boca. Sim, eu sei, achar que essas duas coisas têm alguma relação é forçar a barra bem forte. Mas, aparentemente essa relação sem pé nem cabeça pareceu fazer muito sentido para os executivos da Colgate.
Nos anos 1980, a gigante resolveu que queria diversificar seus negócios. E acharam que seria uma boa ideia abocanhar um pedaço do mercado de comidas congeladas nos EUA.
O mercado em si era bom e parecia bastante promissor. o mercado de refeições congeladas estava a todo vapor. Havia cada vez mais pessoas trabalhando fora de casa. Além disso, o tempo se tornava um recurso cada vez mais escasso.
Então, a empresa lançou uma linha de pratos congelados com a marca Colgate. E o resultado foi…
Um fracasso monumental! Os consumidores simplesmente não conseguiam associar a marca da pasta de dentes com a comida congelada.
Esse caso é tão icônico que hoje em dia existem até camisetas a venda com a estampa da lasanha Colgate. Além disso, o produto ganhou espaço dedicado a ele no Museu do Fracasso lá na Suécia.
Seguindo nessa mesma linha, também temos o caso de uma empresa do ramo alimentício que achou que era uma ótima ideia diversificar para o mercado de cuidados pessoais.
Esse lançamento também aconteceu nos EUA. A gigante Pepsico é dona de uma marca chamada FritoLay, que é o equivalente da Elma Chips no Brasil. E um dos grandes sucessos dessa empresa é o salgadinho Cheetos.
Pois bem, quem já teve a chance de provar Cheetos, sabe que o troço tem um cheiro de queijo bem forte e persistente, que gruda na mão e na boca de quem comer o salgadinho.
De certo, o pessoal do marketing achou que essa característica era o segredo de sucesso do Cheetos! E resolveram oferecer ao consumidor a possibilidade de ficar com os lábios fedendo a Cheetos sem precisar comer o salgadinho.
Foi aí que, em 2005, a empresa lançou o protetor labial Cheetos. O produto vinha em uma embalagem como a de qualquer outro protetor labial, mas com o aroma e o sabor de queijo do Cheetos.
O mercado reagiu super mal à novidade e o produto acabou sendo descontinuado e não é mais produzido.
Com esses dois exemplos podemos aprender que:
Ter uma marca forte em um segmento de mercado não significa que os consumidores vão comprar qualquer coisa que for lançada no mercado.
Outra lição importante, é ter a consciência de que quando se trata de diversificar a atuação do seu negócio, é importante procurar por nichos que tenham algum tipo de sinergia ou que se complementem.
Agora vamos falar um pouco de tecnologia, onde também temos exemplos interessantes de produtos que acabaram fracassando. Embora, neste caso, sem motivos tão óbvios como os dois últimos.
Agora vamos falar um pouco da queridinha de 11 entre 10 pessoas ultimamente: a Netflix. A empresa foi fundada antes mesmo do Google, em 1997. E era originalmente um serviço de assinatura de DVD pela internet, onde a pessoa alugava o DVD online e recebia o disco em casa. Veja que isso já era inovador para aquela época.
Algum tempo depois, a empresa lançou uma assinatura mensal fixa onde o usuário poderia assistir um número ilimitado de DVDs, sem pagar mais por isso. Os clientes adoraram a ideia e a empresa começou a crescer muito.
O modelo de negócios da empresa se manteve mais ou menos assim até 2007. Ano em que eles lançaram a plataforma de Streaming, para complementar o serviço de aluguel de DVD.
Em 2011, quando a empresa já tinha mais de 11 milhões de clientes, o CEO achou que ter dois negócios, o aluguel de DVD e o Streaming, operando sob a mesma marca, Netflix, era um erro.
A solução, então, seria criar uma marca diferente para uma das empresas. Assim, eles resolveram lançar o Qwikster, que passou a ser o responsável pela divisão de aluguel de DVDs. A Netflix seguiria em diante, como um serviço de streaming para as pessoas assistirem filmes e programas de TV.
Com o lançamento do Qwikster, a empresa aproveitou para reajustar o valor da mensalidade única para o consumidor assistir quantos DVDs quisesse no mês. A notícia de um reajuste normalmente não agrada muito ao consumidor. Ainda mais um reajuste de 60%, que foi o que eles impuseram. Como resultado, muitas pessoas cancelaram o serviço.
Foi muita novidade de uma vez para o consumidor. Duas assinaturas ao invés de uma (Streaming e DVD), uma nova marca e um serviço 60% mais caro.
O resultado foi que semanas após o lançamento, 800.000 clientes tinham cancelado suas assinaturas e as ações da empresa estavam em queda livre. A Netflix resolveu, então, voltar atrás e cancelar o Qwikster, mantendo as coisas como eram antes.
O exemplo de agora vem de uma das quatro gigantes da tecnologia: a Amazon.
O Jeff Bezos, que é o fundador da empresa, já disse que nenhuma empresa é grande demais para falhar. E o lançamento do Amazon Fire Phone está aí para provar isso.
O smartphone da Amazon foi lançado em 2014, apostando no sucesso do leitor de livros digitais da empresa: o Kindle Fire.
Esse leitor de livros digitais tem o formato parecido com um tablet, mas foi desenvolvido especificamente para a leitura de livros digitais. E por isso, a experiência com o produto é bem diferente do que esperamos de um celular ou tablet tradicional.
O Kindle foi um grande sucesso de vendas da empresa. Logo, a Amazon achou que usar o sistema operacional para lançar o seu próprio smartphone era uma decisão natural.
Se pararmos para pensar, o raciocínio da Amazon fazia sentido. Ao contrário da Pepsico e da Colgate, que diversificaram para mercados muito diferentes, a Amazon estava diversificando de um dispositivo para outro.
O problema é que, em 2014, o mercado de Smartphones já estava bem atendido por aparelhos com os sistemas Android e iOS. Esses dois sistemas operacionais já estavam consolidados e tinham milhões de usuários ao redor do mundo.
A Microsoft, que na época tinha o sistema Windows Phone, também estava tendo problemas para conquistar uma base de usuários para seu sistema operacional. Além disso, a empresa também não conseguia convencer desenvolvedores a fazerem os aplicativos para o sistema deles também.
Mesmo assim, a Amazon lançou o Fire Phone com um sistema operacional próprio. Porém, a base de usuários era muito pequena, então os desenvolvedores simplesmente não se interessavam em fazer aplicativos para a app store da Amazon.
Como resultado, o aparelho não conseguia entregar nada mais do que o que os consumidores já tinham no Android e no iOS. Bem pelo contrário, o telefone deixava o consumidor com menos opções.
No final, o produto não vendeu e deu um prejuízo de US$170 milhões para a Amazon.
Agora, por último mas não menos interessante, vamos falar do segmento de bebidas, onde duas gigantes reinam praticamente sozinhas: Pepsi e Coca-Cola.
Mesmo reinando sozinhas, a história das duas empresas também tem uns tropeços pelo caminho.
Em 1984, a cúpula da Coca-cola chegou a conclusão que o refrigerante deles estava indo na contramão do mercado. Eles também acreditavam que os consumidores preferiam o sabor mais doce da Pepsi. Essa constatação saiu de diversos estudos e pesquisas que a empresa contratou, e com base nisso, decidiram que era hora de alterar a fórmula.
Nascia então a Coke 2 ou New Coke. Os consumidores simplesmente odiaram a alteração na formula e as vendas entraram em queda. Além disso, o serviço de atendimento ao cliente da empresa estava inundado com reclamações. Então, os executivos decidiram relançar a fórmula original como Coca-Cola Classic.
Isso aconteceu cerca de 3 meses após o lançamento da New Coke. Porém, a empresa não queria perder totalmente o investimento feito. Então, mantiveram os dois produtos em linha até meados do ano 2000, quando a New Coke foi descontinuada.
A Pepsi não ficou muito atrás e nos anos 1990 resolveu que também queria inovar. Resolveram então lançar a Crystal Pepsi, uma nova versão do refrigerante deles, com o mesmo sabor de Pepsi, mas sem cafeína e totalmente transparente.
Tirando a cafeína e os corantes, eles queriam passar a ideia de um refrigerante mais saudável. Mas, na realidade, os consumidores gostavam e estavam acostumados a refrigerantes de cola escuros, e acabaram não recebendo bem a novidade.
Com vendas mirradas o produto acabou sendo tirado de linha cerca de 2 anos depois do lançamento.
Nestes dois casos podemos aprender que é melhor não tentar consertar um problema que não existe.
Em ambos os casos, os executivos das duas empresas identificaram problemas que não eram reais dos consumidores. Resolveram atuar para resolver esses problemas e erraram, pois na verdade os consumidores simplesmente não viam problema nenhum.
Esperamos que você tenha gostado deste artigo. Você conhece alguma outra história legal de algum produto que foi um fracasso total? Conta para a gente nos comentários! Até mais!
Esperamos que este artigo tenha sido esclarecedor para você. Estamos formando uma legião de empreendedores bem-sucedidos, vamos juntos?
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