Muitos de nós nos preocupamos, tanto pessoalmente quanto profissionalmente, com a produtividade. A questão que explanarei aqui é: como temos compreendido o silêncio como fator de produtividade em nosso dia a dia.
De certa forma crescemos dentro de um contexto que cobra de nós resultados e se eles forem de excelência, melhor ainda.
Somos cobrados enquanto crianças a qual faculdade iremos fazer e em que profissão iremos atuar; já enquanto profissionais somos cobrados a termos uma performance de excelência, entrega de bons resultados, liderança e trabalho em equipe.
Ou seja, a produtividade é algo que está presente em muitos momentos de nossa vida.
Acontece que, em certos momentos precisamos de novos insights, novas ideias, a tão falada ressignificação ou inovação, sobretudo nesse tempo de pandemia. Isso exige de nós novas estratégias de atuação, seja pessoalmente ou profissionalmente. E de onde tiramos essas novas ideias?
Em muitos cursos que já fiz sobre produtividade é muito comum pensarmos em planilhas, controles, relógios, cronogramas etc. Mas, em nenhum momento somos estimulados a pensar no silêncio como um fator produtivo.
Temos essa deficiência em nosso DNA. Não fomos e não somos incentivados ao processo da autorreflexão, autoconhecimento e assim por dizer, utilizar o caminho do silêncio para que tudo isso possa ser um processo de resultados e evolução.
Pelo contrário, queremos falar e falar, ouvimos pouco e em muitos casos, não damos importância a uma voz tão importante em nossa vida: a voz que vem de dentro e ela pode ser ouvida através do silêncio.
André Maurois, um romancista francês, dizia que:
Através dessa explanação é possível entender a grande dificuldade que encontramos quando não damos espaço para o silêncio enquanto fator produtivo em nossa vida.
Neste momento em que o mundo vive uma pandemia, enquanto empresários e pessoas também, somos cobrados pela tal reinvenção: temos que nos reinventar como profissionais, olhar para o nosso negócio de maneira diferente, olhar para a nossa atuação pessoal de maneira inovadora e assim, diante de tantos desafios, como fazer isso de maneira excelente?
Nunca foi esperado de nós, como em tempos atuais, trabalhos de motivação, autorreflexão e autoconhecimento. Pessoas estão trancadas em suas casas, protegidas ou isoladas, como quer que queiram dizer, elas estão passando por um processo de adaptação em um novo contexto de trabalho.
Dividem-se em tarefas do lar, cuidado com os filhos e trabalho e em todos esses campos, exige-se inovação, um novo olhar, novas alternativas e estratégias e em qual momento encontramos espaço para construir tudo isso?
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A produtividade é importante sim e se você exercitar o silêncio como fator produtivo, vai encontrar, nesse lugar, respostas para muitas perguntas que surgem durante o tempo todo.
Enquanto os ruídos causam estresse e tensão; o silêncio esvazia a tensão no cérebro e corpo. Um estudo publicado na revista Heart descobriu que dois minutos de silêncio pode revelar-se ainda mais relaxante do que ouvir música “relaxante”.
Devemos compreender e buscar essa experiência no silêncio.
Ao contrário do que muitos pensam, o silêncio não é um lugar escuro, vazio e inerte.
O silêncio nos traz respostas, organização e planejamento, nele encontramos calma e através dela, consequentemente, conseguimos pensar com mais clareza, muitas vezes fora de uma situação problemática e cheia de enigmas, encontramos novas ideias, inspirações e insights.
O silêncio é revelador, pois ele acessa o nosso subconsciente e por meio dele damos atenção “aquela voz” interior que pouco ouvimos. Uns vão dizer que ela é a nossa intuição, outros dirão que é a voz de dentro e eu digo que é encontrar no silêncio a produtividade para a realização de nossas atividades.
Há um provérbio alemão que diz: “A melhor resposta à cólera é o silêncio” e assim convido você para essa reflexão: quantas vezes você tem dado ouvidos a sua voz interior? Como é que você tem experienciado o silêncio como fator de produtividade em sua rotina?
Até compreendo que isso não seja fácil, mas é interessante destacar que existem algumas práticas que nos ajudam nesse processo de “experimentar esse silêncio”, seja na religião, na oração, na meditação, na psicoterapia, em imersões, em técnicas de contemplação etc. O importante é entender a coisa mais importante em toda essa discussão: isso começa por você!
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Kalil é palestrante, pedagogo, empresário e especialista em Propósito e Felicidade no Trabalho. Em sua coluna aqui no portal escreve sobre propósito, gestão de pessoas, recursos humanos e motivação.
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