Por que os produtos da Apple são tão caros?
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Amada por uns, odiada por outros. Mas o fato é que a Apple é capaz de vender seus produtos por um valor substancialmente maior do que os produtos equivalentes da concorrência. Descubra neste post por que os produtos da Apple são tão caros.

Dando sequência em nossa série “Por que é tão caro”, hoje vamos desbravar o mundo da tecnologia! E vamos falar um pouco sobre os produtos da Apple.

Se preferir, você pode assistir ao vídeo que fizemos sobre o assunto aqui embaixo:

Steve Wozniak e Steve Jobs criaram a Apple, em 1976, em uma garagem na Califórnia. Veja aqui um artigo e um vídeo sobre a trajetória do Steve Jobs e algumas lições que podemos aprender com ele.

Desde o início, diferentemente de seus concorrentes, a empresa apostou em um sistema fechado, onde a Apple fornece tanto o hardware (que é basicamente o produto em si) quanto o software (que são os programas que rodam no hardware).

A empresa também sempre investiu bastante em pesquisa e desenvolvimento, tanto na questão do design quanto na questão de tecnologia. E isso acabou rendendo a empresa uma fama de oferecer produtos de ponta e com qualidade elevada.

E essa fama se traduz em boas vendas dos produtos Apple ao redor de todo o mundo. Além disso, esse bom resultado ajudou a colocar a companhia no posto de empresa mais valiosa do mundo em julho de 2020, com um valuation de 1.84 trilhão de dólares.

Componentes utilizados

Essa fama de produzir produtos de ponta e de boa qualidade também ajuda a Apple a manter uma estratégia de preços mais elevados do que a concorrência. Quando se trata do segmento de smartphones, por exemplo, está cada vez mais difícil diferenciar os produtos somente pelos componentes utilizados na fabricação dos telefones.

Grandes empresas como Apple, Sony e Samsung têm participação importante no mercado de smartphones. Mas, quando olhamos o mercado de componentes para smartphones podemos ver que na verdade os iPhones usam sensores da Sony em suas câmeras e chips de memória e telas de Oled da Samsung.

No final das contas isso é um indicativo de que em termos de componentes a maior parte dos smartphones que competem pelo mesmo segmento de mercado são bastante semelhantes.

Custos

Agora vamos falar um pouco de custos, e vamos falar em dólares, pois os custos de produção do aparelho são fixados nessa moeda.

Um iPhone custa cerca de US$490 em componentes e o preço de venda nos Estados Unidos é de cerca de US$1.099. Para efeito de comparação, um Samsung Galaxy S10 Plus custa cerca de US$420 em componentes e o preço de venda é de cerca de US$999, também nos Estados Unidos. Como resultado, vemos que a Apple é sim capaz de gerar uma margem maior do que os seus concorrentes.

Branding faz diferença

Uma explicação para este fato está na questão do Branding. Quando falamos em produtos da Apple, automaticamente as pessoas imaginam um produto premium. E, por isso, estão dispostas a pagar mais pelo status de ter um aparelho da marca.

A empresa conseguiu transformar sua marca em um ícone, quase que em um estilo de vida. E isso ajudou a criar identificação com os consumidores, que se tornaram muito fiéis a marca. E como resultado a empresa consegue extrair uma margem melhor do que seus concorrentes.

Sistema fechado vs Open Source

Lembra que no começo deste post nós falamos a respeito do sistema fechado utilizado pela Apple? Pois é, também devemos mencionar esse ponto aqui.

Todas as empresas que usam o sistema Android, que é open source, recebem o software do Google e fazem pequenas modificações para adaptá-los aos seus aparelhos.

No caso da Apple não é bem assim. Tanto no caso do iOs quanto no caso do MacOS, a Apple é responsável pela criação e pela manutenção dos sistemas operacionais de todos os seus dispositivos. Sistemas esses que ainda recebem upgrades e atualizações gratuitas frequentemente.

A Apple também mantém sistemas como o iCloud e o iMessage funcionando, o que representa um custo para a empresa. Toda essa parte de desenvolvimento de softwares tem um custo, que certamente está embutido em cada dispositivo vendido pela empresa.

Embora muitos usuários mais avançados sejam críticos de sistemas fechados como o utilizado pela Apple, essa estratégia serve como um diferencial importante para usuários mais comuns.

E isso acontece devido ao fato de que essa integração entre software e hardware oferecida pela empresa permite extrair a melhor performance possível aliada a uma boa confiabilidade dos dispositivos, que ficam menos expostos a vírus e outros tipos de malware.

Isso não implica que estejam totalmente imunes a estes problemas, mas sim, que no geral, o sistema fechado proporciona um nível de segurança maior, especialmente para usuários não tão avançados.

Facilidades entre produtos da marca

Essa sinergia entre hardware e software também permite que os diferentes dispositivos Apple conversem melhor entre si. Você pode, por exemplo, automaticamente copiar um texto no seu iMac e então colar no seu MacBook. Ou, então, quando seu iPhone está conectado em uma rede wifi, seu iPad se conecta automaticamente, mesmo sem digitar nenhuma senha.

Esse tipo de facilidade pode não soar tão incrível assim para usuários avançados, que ainda preferem a flexibilidade do Android e do Windows. Mas, para os usuários comuns, são pequenas facilidades que melhoram a experiência com os dispositivos da Apple e como consequência aumentam a fidelidade destes consumidores.

Por via de regra, consumidores fiéis e que compram a ideia do estilo de vida oferecido pela marca, geralmente estão dispostos a pagar um pouco mais para se manter dentro do ecossistema Apple.

Por fim…

No final das contas podemos concluir que o alto preço dos produtos da Apple se dá por uma combinação de fatores. Tem sim, a questão óbvia que é o branding, mas também temos a questão da experiência do usuário, o sistema fechado e os custos que essa escolha traz para a companhia. 

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